Com a dura disputa contra
o PT em Fortaleza (CE) ainda espetada na garganta, o ex-ministro da Integração
Nacional Ciro Gomes (PSB) afirmou nessa quinta-feira que a equipe de governo da
presidente Dilma Rousseff (PT) é “muito fraquinha” e fez críticas diretas a
três ministros: Alexandre Padilha (Saúde), Ideli Salvatti (Relações
Institucionais) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil).
O PSB disputou a
prefeitura da capital cearense com Roberto Cláudio, que venceu no segundo turno
depois de perder na primeira etapa de votação para o petista Elmano de Freitas.
“Lula (o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva) foi lá e perdeu, para se lembrar
que não é Deus, mas apenas uma pessoa especial”, disse Ciro. O ex-ministro
esteve em Belo Horizonte para dar palestra a um grupo de pequenos empresários
na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL).
O
ex-ministro, que revelou ter recusado convite de Dilma para integrar o primeiro
escalão do governo federal, acionou sua conhecida metralhadora contra os
auxiliares da presidente, frisando sempre, porém, avanços que notou na economia
brasileira durante os governos do PT. Segundo Ciro, uma das suas vítimas, Ideli
Salvatti, “não seria minha secretaria particular para assuntos subalternos”. “E
por qual razão foi colocada no cargo? Por petismo besta”.
Depois de tantos ataques,
todos durante a fala aos empresários, Ciro disse que teria que se moderar.
“Porque caso contrário vou perder 10 amigos e ainda tenho muitas palestras para
fazer”. Mas sobrou espaço para mais um, que não pertence ao governo. O
ex-ministro aproveitou uma tentativa de intervenção de um correligionário do
senador Aécio Neves (PSDB) que estava na plateia para dizer que o parlamentar
erra na estratégia colocada em curso para tentar se cacifar para a disputa pelo
Palácio do Planalto. “Estou me decepcionando com o Aécio. Ninguém vai governar
o Brasil tentando se contrapor ao PT. Vai perder todas as próximas eleições. É
necessário propor algo novo. Caso contrário, vai apenas legitimar as vitórias
dos petistas”, declarou. Ele disse ainda ser necessário acabar com a
“bajulação” em torno de Aécio Neves. “É preciso falar o que deve ser feito”,
apontou.
Convidado a palestrar na
CDL pelo presidente entidade, Bruno Falci, Ciro Gomes disse ainda ter vontade
de ser presidente da República, mas que no momento está se “desintoxicando” da
ideia. “Tentei duas vezes e não consegui. Na terceira, não me permitiram
disputar. Mas se deixarem (no futuro), sou candidato”, disse. O ex-ministro é
um dos principais aliados do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB),
que foi seu secretário-executivo no Ministério da Integração Nacional. (LA)
FONTE: Jornal Estado de
Minas
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