terça-feira, 28 de outubro de 2014

Ipu fica de fora e Ipueiras ganha 1500 carteiras de habilitação do governo do Estado


Durante toda essa semana, de 27 à 31 de outubro, a Comissão do Detran-CE estará em Ipueiras validando as pré-inscrições para começar o processo de habilitação dos motociclistas interessados em se inscreverem no Programa Carteira de Motorista Popular. O Programa Consiste em oferecer aos cidadãos a primeira habilitação na categoria A. 

A Primeira etapa para a inscrição é no site do Detran-CE (www.detran.ce.gov.br). Logo na primeira página há uma foto de uma carteira de motorista. O candidato deverá clicar no nome "Carteira de Motorista Popular". Em seguida abrirá uma página que contêm vários link, sendo um deles "Pré-cadastro". Nesta tela há vários campos com todas as informações que devem ser preenchidas corretamente.

A segunda será a validação da inscrição que estará acontecendo até o dia 31 de outubro no CRAS à comissão o candidato deve apresentar:

- Comprovante de residência;
- Carteira de Identidade;
- CPF;
- Comprovante de que é beneficiário do programa Bolsa Família, (ou) comprovação estar estudando há pelo menos seis meses eu escola pública, (ou) comprovação de ter estudado pelo menos 12 meses na escola pública (ensino fundamental, médio ou profissionalizante), (ou) ser egresso do sistema penal, (ou) ser portador de necessidade especial (em condições de conduzir uma motocicleta).
Caso os dados sejam comprovados, os candidatos que atendam aos critérios do programa terão os nomes divulgados na página do Detran para posterior instrução e recebimento do certificado de gratuidade, que dará direito à inscrição de graça em um dos Centros de Formação de Condutores credenciados.




Fonte :PREFEITURA MUNICIPAL DE IPUEIRAS

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Reflexão: A tendenciosa mídia do prefeito de Ipu que não está dando resultados


Mas que um resultado positivo para o grupo de oposição, as eleições de 2014 reafirmaram que a sociedade Ipuense está mais que vacinada contra certo tipos de formadores de opinião, que tentam  diariamente sobre gritos em programa de rádio e verdades construídas (mentiras com sentido de verdade) em blogs, montar uma imagem negativa do atual grupo de oposição, sobre injurias e acusações sem provas,  que aos berros e textos que maquiam a verdade tentam manipular as opiniões políticas dos cidadãos de Ipu. 

O radialista Rogério Palhano e o blogueiro Luiz Fernando Lopes (Netcina), apesar de ambos possuírem uma relação pessoal de cão e gato, trabalham muito bem quando o foco é construir verdades e denegrir a imagem de lideres do grupo de oposição.  Qualquer um também que desmistifique suas acusações e opiniões tendenciosas sempre é alvo dos gritos mau educados do radialista e de manipulações textuais de Fernando Lopes. Porém os resultados das eleições do ultimo domingo mostrou a criticidade do eleitor Ipuense. 

O resultado que foi mais que satisfatório para o grupo de oposição, mostrou que que os Ipuenses não se deixam enganar com  as verdades construídas e impostas por profissionais que querem por cima a força vender a imagem de um Ipu colorido, quase que cinematográfico, para uma população que sofre diariamente com a falta de agua em suas torneiras, que ver a cidade esburacada e com um transito descontrolado, que assisti a educação Ipuense em cair queda livre e outros inúmeros descasos que refletem direto na vida do Ipuense.

Sempre digo que a verdade é soberana, que mil fatos mentirosos nunca destroem uma verdade absoluta e que só a verdade liberta. Gritos, acusações sem prova, injurias e verdades construídas não enganam o  cidadão Ipuense que cada vez está mais critico  e esperto quando o assunto é política Ipuense. 

Acredito que tais profissionais devam mudar a tática e procurar enxergar mais a ralidade política e administrativa do Ipu que hoje está em plena decadência e procurar defender seu grupo de uma forma menos tendenciosa e mais sensata, dentro da realidade vivida pelos Ipuenses. 

“Só o antipetismo não elege Aécio” Afirma Cientista Político professor da FGV


Vítima de suas próprias contradições, Marina Silva derreteu na reta final da campanha e abriu caminho para a virada de Aécio Neves. Na avaliação do cientista político Claudio Gonçalves Couto, professor da Fundação Getulio Vargas, o presidenciável tucano recuperou um eleitorado tradicionalmente do PSDB, que havia migrado temporariamente para uma candidata então aparentemente mais competitiva. O especialista destaca, porém, que Aécio não deveria insistir no discurso antipetista se quiser vencer a eleição. “É preciso ir atrás do voto do eleitor mediano, caminhar para o centro”, explica. “Até porque o eleitor antipetista já é dele, corre para o PSDB por força gravitacional.”


CartaCapital: Como entender o fenômeno Marina Silva?

Claudio Gonçalves Couto: Em toda eleição, a dinâmica dominante é o enfrentamento entre governo e oposição. Há 20 anos, o PT e o PSDB polarizam no plano nacional. A inesperada entrada de Marina na disputa deste ano embaralhou as referências políticas do eleitorado. Ela entrou na campanha após a morte de Eduardo Campos. Uma parcela do eleitorado pode ter se emocionado com a tragédia, mas não acho que a comoção seja o principal fator para explicar sua meteórica ascensão. Na verdade, os eleitores passaram a dar mais atenção ao processo e, naquele momento, ela estava em evidência.

CC: Por que ela despencou tão rapidamente?

CGC: Marina não transmitiu a imagem de possuir convicção clara do que pretendia fazer caso fosse eleita. Recuou no plano de governo em relação à população LGBT. Os economistas ligados à campanha apresentavam um discurso ambivalente. A própria Marina tropeçava nas palavras, uma hora falava em autonomia do Banco Central, na outra em independência. Outro ponto: ela se apresenta como representante de uma nova política. Por que então subiu no palanque de Jorge Bornhausen em Santa Catarina? Poucos nomes são tão associados à velha política como o dele.

CC: E a ascensão de Aécio na reta final?

CGC: Lembra-se das eleições de 2006? Naquela disputa, Geraldo Alckmin teve menos votos no segundo turno do que no primeiro. O que houve? Lula recuperou os votos que já eram dele, momentaneamente deslocados para  Alckmin por conta do caso dos aloprados petistas. O Aécio recuperou um eleitorado tradicionalmente do PSDB, mas que migrou temporariamente para Marina.  Há uma fatia dos eleitores de Eduardo Campos que apostaram em um primeiro momento na Marina e, depois de ver suas fragilidades, optaram por ficar com Dilma mesmo.

CC: Dilma e Aécio disputam qual tipo de eleitor?

CGC: As pesquisas indicam que Dilma sempre teve folgada liderança entre os eleitores mais pobres, com renda de zero a dois salários mínimos. Entre aqueles com renda superior a dez salários mínimos, Aécio sempre manteve a dianteira. O que está em disputa são os votos das classes B e C.

CC: O que muda na estratégia do PT e do PSDB?

CGC: O PT deve manter a estratégia de destacar os avanços sociais, a valorização do salário mínimo, o elevado nível de emprego. Na disputa com Aécio, os petistas deverão explorar as comparações com o governo FHC. No caso do PSDB, o cenário é mais complicado. No segundo turno, o eleitorado costuma se dividir entre direita e esquerda. Para vencer, é preciso ir atrás do voto do eleitor mediano, caminhar para o centro.

CC: Aécio teria mais dificuldade para lidar com isso?

CGC: Desde a eleição de Lula, o PT rumou para o centro. Para governar, precisou moderar o discurso, ceder em muitos pontos para manter a base unida. Nos últimos anos, vários partidos tradicionalmente de direita tornaram-se siglas fisiológicas. O PMDB sempre teve esse perfil, mas o PP de Maluf, não. Maluf sempre foi um representante dileto da direita. Não mais. Em São Paulo, ele abraça tanto o prefeito petista Fernando Haddad quanto o governador tucano Geraldo Alckmin. Com isso, a direita programática ficou órfã de legítimos representantes. Para onde esse eleitorado foi? Para o PSDB. E os tucanos apostaram no endurecimento do discurso de direita para fazer oposição ao PT.

CC: Trata-se de um erro de estratégia?

CGC: Totalmente. O PSDB passou a focar mais no antipetista do que no eleitor mediano. Para vencer, precisa fugir dessa lógica. Até porque o eleitor antipetista já é dele, corre para o PSDB por força gravitacional. Aécio precisa sensibilizar quem não é necessariamente contra o PT. Resta a dúvida se eles vão conseguir abandonar esse discurso. O PSDB incorporou o antipetismo de forma muito clara.

CC: Após essa derrota, qual será o futuro de Marina?

CGC: Marina e seu grupo devem sair do PSB, pois ainda têm a perspectiva de criar a Rede Sustentabilidade. A forma como essa saída se dará depende de como a derrota será digerida. Para quem estava tão à frente nas pesquisas, o resultado é muito frustrante. É como o 7 a 1 da Copa.

CC: E o PSB, como sai da disputa?

CGC: O partido ficará em frangalhos. Marina teve um efeito desorganizador geral na política brasileira. Primeiro, ela embaralhou essa dicotomia entre o PT e o PSDB. E também desorganizou o PSB. Aquelas lideranças que a criticaram em plena campanha demostram um partido bastante fracionado.

CC: Em seu último ato de campanha, Marina caminhou pelo Rio de Janeiro praticamente só, sem nenhuma liderança do PSB.

CGC: Ela sempre encontrou resistências na legenda. Mas o racha não é apenas entre o PSB e o grupo de Marina.  Houve traumas nas relações entre as lideranças do próprio partido. Na verdade, o partido sofreu um baque com a morte de Eduardo Campos. Podia não vencer agora, mas talvez voltasse com mais força em 2018. Agora, com essa derrota, nas circunstâncias como ela ocorreu, o partido fica fragilizado. De certa forma, isso lembra a trajetória do PDT após a morte de Leonel Brizola. O PSB corre sério risco de se tornar ainda mais caudatário do PT do que já foi no passado.

Fonte: Carta Capital

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Um pensar sobre a atual conjuntura política de Ipu. Reflexos de uma sociedade que necessita de ideias e exige mudanças.



É percebível que desde as eleições para prefeito de 2012, as animadas campanha políticas de Ipu tem ficado mais tristes e não vem empolgando o eleitorado Ipuense a participar das mesmas com toda aquela paixão que era costumeiramente normal acontecer. 

Tenho observado que  explosivas campanhas como dos ano 2004, 2006, 2008 e 2010, onde o eleitor Ipuense fazia questão de colar a foto do seu candidato na parede de sua casa ou colocar uma bandeira com a respectiva cor da campanha do seu candidato no telhado e outras demonstrações apaixonantes, não tem mais acontecido em Ipu. O Ipuense também não tem mais demostrando tanto interesse em participar das campanhas e defender seu candidato como acontecia nas eleições passadas, parece que uma onda de descrédito na política impactou o eleitor Ipuense e lhes deixou mais críticos deste 2012, quando todos observaram a forma não esperada como terminou a gestão Novo Tempo, onde todos acreditavam num projeto de desenvolvimento macro mas acabou sendo corrompido e ficando pela metade. 

O envolvimento da figura do atual prefeito na política Ipuense também tem fomentando essa falta de empolgação na política de Ipu. Um líder sem simpatia e distante da população que promete moralização e trabalho mas que quase nada tem feito para justificar tais ideologias, tem feito a sociedade Ipuense cair no descredito com os políticos e necessitar de novas ideias e projetos verdadeiros que de fato der um novo rumo de desenvolvimento na cidade e uma nova roupagem na conjuntura política local. 

Tal reflexo desse descredito que vive atualmente a sociedade Ipuense se deu direto nessa campanha política de 2014 na cidade, onde na analise dos votos para deputados Estaduais e Federais percebemos a projeção que teve o atual desgastado grupo  de oposição, projeção essa que eu vejo não como um desejo de retorno  do velho grupo mais como um protesto contra a monótona administração que hoje geri nossa cidade e a exigência do nascimento de um novo grupo político que nasça com novas ideias e projetos macros dentro da nossa realidade. 

Como uma fênix precisa nascer um novo grupo político no Ipu que verdadeiramente pense nossa cidade com todo potencial desenvolvimentista que ela tem e que traga um novo ideal político que fomente a necessidade da participação de todos na construção de uma cidade melhor! É necessário deixarmos de ser o "Filho pobre da Ibiapaba", como já disse meu companheiro Rárison Ramon, e passarmos a ocupar a nossa verdadeira posição de uma cidade com todo um potencial de referência em nossa região! Precisamos nós desprender dessa política velha oligárquica  interiorana e passarmos a pensar com toda a potencialidade culta que tem nossa cidade, que foi e é berço de grandes intelectuais! 

Com os resultados das eleições de ontem (05.10) passo ainda mais ver 2016 como um ano de grandes novidades na política Ipuense, com lideranças que hoje já mostram todo um potencial para nós garantir  tais novas ideias que irão nascer para a construção de um Ipu melhor e com uma conjuntura politica mais participativa e de cara nova. 

Augusta Brito perde em casa! No graça, prefeita derrota candidata filha da terra


No município do Graça, na Zona Norte, onde a disputa é polarizada entre mulheres, a prefeita Iraldice Alcântaras (Pros) mostrou força e desconheceu sua opositora e ex-prefeita Augusta Brito (PCdoB) que mesmo gracense e tendo conquistando uma vaga na Assembleia Legislativa, não conseguiu vencer em sua terra natal. A maioria ficou para os candidatos da prefeita – Zezinho Albuquerque e Nenen do Cazuza – além do candidato do PT, Camilo Santana, que a ex-prefeita Augusta Brito (PCdoB) fazia questão de não aliar seu nome ao mesmo, no primeiro turno.

Fonte: Sobral de Prima

Era Cid e o teste de fogo neste segundo turno


Com o título “Um importante teste para o cidismo”, eis artigo de Emanuel Freitas, doutorando em Sociologia na UFC. Ele faz uma avaliação da Era Cid e diz que o grande teste de força política do governador ocorre neste segundo turno, quando muitos esperavam a vitória de Eunício Oliveira logo na primeira fase da disputa. Confira:

A compreensão dos resultados eleitorais deste domingo exige um olhar mais atento para a “Era Cid”, marcada por importantes rompimentos durante os momentos eleitorais. Já quando de sua primeira candidatura, em 2006, seu grupo rompeu com o então governador Lúcio Alcântara. Depois, em 2010 foi a vez de Tasso Jereissati (PSDB), em 2012 Luizianne Lins (PT) e, em 2014, Eunício Oliveira (2014).

Luizianne levou seu grupo dentro do PT à cristianização da candidatura de Camilo, pois “não apoiaria nenhum nome escolhido pelos Ferreira Gomes”.  Tasso Jereissati conduziu sua campanha como uma prestação de contas de seus mandatos de governador, apresentando-se como “independente” e formatando-se como o anti-ethos de Cid Gomes. Eunício Oliveira apresentou um forte discurso de opositor, denunciando o descaso da gestão e prometendo um “novo tempo” para o Ceará.

Por sua vez, Cid Gomes tratou de responder, a seu modo, a cada um desses opositores. Desqualificou Eunício como “milionário ambicioso” e Luizianne Lins como “alguém que vive de factoides”. Para responder às críticas de Tasso dedicou uma tarde inteira para publicações em sua página no Facebook.



Vejamos os resultados das urnas desse domingo. Dos 22 deputados federais mais votados, 13 são da coligação de Camilo Santana. Mas importantes nomes de oposição a Cid, como o de Luizianne Lins, lá compareciam. Já na lista de deputados estaduais mais votados, os mais disparados eram Capitão  Wagner e Heitor Férrer, mas em grande parte nomes ligados a Cid pareciam compor a nova Assembleia Legislativa, entre eles seu irmão, Ivo Gomes. 

Do embate entre Tasso e Mauro Filho, prevaleceu a voz anti-cidista do tucano.

Mas, sem dúvida, é no resultado para o governo que Cid tem o que comemorar: numa apertada disputa, conseguiu com que seu candidato fosse ao segundo turno à frente do segundo colocado, tendo crescido unicamente como o “candidato de Cid”. O teste final será no último domingo de outubro.

* Emanuel Freitas

Fonte: Blog Eliomar de Lima - O Povo

Por que esta será a mais dura de todas as batalhas


O PT e o PSDB se enfrentaram em seis das sete eleições presidenciais pós-ditadura. Em 1994 e em 1998, os tucanos derrotaram facilmente os petistas, ganhando no primeiro turno. Em 2002, 2006 e 2010 houve segundo turno mas o PT largou com boa dianteira e venceu com folga. Agora os dois exércitos vão se enfrentar com força eleitoral equilibrada e nas condições políticas mais adversas para o petismo.

Já começou o que será uma das disputas mais tenazes e agressivas entre os dois partidos polares do sistema político brasileiro, depois de uma virada espetacular do candidato Aécio Neves. Ele ocorreu graças à desconstrução de Marina Silva, em que ele somou forças com o PT, e à sua tenacidade pessoal, que não o deixou esmorecer mesmo quando foi dado como carta fora do baralho e abandonado por aliados. Se Aécio fez um discurso light ao falar do resultado, acenando para os potenciais aliados, Dilma deu o tom da refrega, admitindo mudanças e “ideias novas” embusca dos que, mesmo no campo da esquerda, optaram pela alternância votando na oposição – seja em Marina, Aécio ou mesmo em Luciana Genro, que alcançou surpreendentes l,6% de votos.

Na nova disputa, com tempo igual de televisão, Dilma e Aécio têm imensos desafios pela frente na busca da maior fatia de apoio dos 24,8% de eleitores que não votaram em nenhum deles, dividindo-se entre Marina, outros candidatos, brancos e nulos, sem contar os 20% que se abstiveram.    À luz do resultado, não basta a Aécio conquistar os 59% dos eleitores de Marina que se dispunham a votar nele no segundo turno, nem a Dilma herdar os 24% de marinistas que estavam dispostos a optar por ela. Terão que ir além.

As pedras no caminho de cada um.

A maior barreira no caminho de Dilma é São Paulo, que deu ao tucano 45% de votos, contribuindo decisivamente para sua votação final. Afora o anti-petismo natural dos paulistas, que também detestavam Getúlio e Brizola, ali o PSDB tem sua maior fortaleza, um governador reeleito por maioria expressiva, um senador vitorioso e as forças do mercado que já se congregam para a batalha anti-Dilma. Como este é um paredão de rocha firme, ela precisará manter a dianteira conquistada em Minas, unificar suas forças no Rio e avançar ainda mais nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, desfavoráveis ao tucano.

As delações premiadas que estão sendo feitas e cuspindo acusações contra envolvidos no escândalo da Petrobrás alimentarão o discurso anti-corrupção do tucano. “Dilma vai debater corrupção com Aécio”, avisou Lula, insinuando que teremos troca de chumbo nesta área.

A derrota de Aécio em Minas – tanto na escolha do governador como na votação para presidente – abriu um flanco em seu próprio discurso, o de que seu governo em Minas, amplamente apoiado pelos mineiros, seria a prova de sua capacidade de governar o Brasil com “eficiência e decência”.  Seu maior desafio é reconquistar os votos que perdeu em Minas, apotando que eles viriam por gravidade, manter a cabeça de ponte paulista e tentar avançar no resto do país.

A corrupção e a ineficiência estarão no centro do discurso do tucano mas ele será forçado a discutir os temas que o PT colocará na agenda, reverberando que a volta do PSDB representará o fim da ênfase no combate à pobreza e no compromisso com os mais pobres.

Mas a aritmética e o discurso não decidirão uma disputa que envolverá fatores intangíveis, tanto da alma do eleitorado como das forças com real poder decisório no pais, como a mídia, o mercado financeiro, o capital produtivo que financia as campanhas e as forças políticas que agora vão se realinhar.

Não há dúvida de que o PSB fatalmente rachará na escolha do caminho a seguir em busca da sobrevivência sem Campos. Ainda que ela fique neutra, ainda que aponte o apoio a Aécio, os socialistas não marcharão unidos, com uma fração refluindo para a velha aliança com o PT.

Dilma terá que recompor-se com aliados magoados, especialmente os do PMDB que se atritaram com o PT, como a família Sarney no Maranhão. O segundo turno pode ser a hora da vingança para muitos desafetos de Dilma e do PT. Aqui entra Lula. Ninguém melhor do que ele poderá tentar recompor a aliança que o sustentou e garantiu a eleição de Dilma em 2010, quando ela era um poste. Esta aliança, ao longo do governo dela, esgarçou-se e isso contribuiu para que ela tivesse a menor votação do PT nas disputas presidenciais.

Tereza Cruvinel, colunista do portal Brasil 247.