Pesquisa Ibope/Estadão divulgada na noite desta quinta-feira (26)
mostra que a presidente Dilma Rousseff (PT) abriu 22 pontos sobre a segunda
colocada, Marina Silva (sem partido), na corrida presidencial. Em julho, a
diferença entre elas era de apenas oito pontos, após queda vertiginosa da
petista, em decorrência dos protestos que aconteceram em todo o país no mês
anterior.A partir de então, a presidente cresceu em ambos os cenários de
primeiro turno estimulados pelo Ibope, enquanto Marina perdeu seis pontos, se
distanciando de Dilma e ficando mais ameaçada pelos outros candidatos.
No cenário que tem Aécio Neves (o mais provável)
como candidato do PSDB, Dilma cresceu de 30% para 38% nos dois últimos meses.
Ao mesmo tempo, Marina caiu de 22% para 16%. O tucano oscilou de 13% para 11%,
enquanto Eduardo Campos (PSB) foi de 5% para 4%. A taxa de eleitores sem
candidato continua alta: 31% (dos quais, 15% dizem que votarão em branco ou
anularão, e 16% não sabem responder).
O cenário com José Serra como candidato do PSDB
não tem diferenças relevantes: Dilma tem 37%, contra 16% de Marina, 12% de
Serra e 4% de Campos. Nessa hipótese, 30% não têm candidato: 14% de branco e
nulo, e 16% de não sabe. Não há cenário idêntico a esse em pesquisa anterior do
Ibope para comparar.
VITÓRIA EM PRIMEIRO TURNO
Nos dois cenários, Dilma tem intenção de voto superior
à soma de seus três adversários: 37% contra 32% (cenário Serra) e 38% contra
31% (cenário Aécio). Isso indica chance de vitória no primeiro turno. No
entanto, destaca o Estadão, "convém lembrar que praticamente 1 em cada 3
eleitores não tem candidato e ainda falta um ano para a eleição".
SEGUNDO TURNO
Dilma se distanciou de Marina também na disputa
pelo segundo turno. A petista venceria a rival por 43% a 26%, se a eleição
fosse hoje. Em julho, logo depois dos protestos em massa que tomaram as ruas das
metrópoles, Dilma e Marina estavam tecnicamente empatadas: 35% a 34%,
respectivamente.
Segundo as simulações do Ibope, tanto faz se o
candidato do PSDB for Aécio ou Serra. Se a eleição fosse hoje, a presidente
venceria ambos por 45% a 21% num segundo turno. Contra Eduardo Campos, a
vitória seria mais fácil: 46% a 14%.
O Ibope fez a pesquisa entre os dias 12 e 16 de
setembro, em todas as regiões o Brasil. Foram entrevistados 2.002 eleitores,
face a face. A margem de erro máxima é de 2 pontos porcentuais, para mais ou
para menos, num intervalo de confiança de 95%.
Fonte: Brasil 247
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