quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Um boicote inteligente dentro do grupo do prefeito.






Caríssimos leitores, somos sabedores que a política é algo dinâmico e movido por um sistema presidencialista que favorece de forma indireta o poder executivo, é percebível que em todas as esferas políticas o chefe do executivo possui o apoio do poder legislativo para ter seus projetos e leis aprovados, e com isso ter de forma coagida uma administração tranquila.

Em nossa cidade o sistema não é diferente, geralmente quando um candidato a prefeito chega ao poder e passa a ter o comando da maquina publica, vereadores do grupo derrotado, que não possuem condições de manter suas políticas assistencialistas, passam a dar apoio ao prefeito mesmo de uma forma indigesta. 

Nesta ultima eleição foi notável a mudança de ideologias de alguns edis que conseguiram se eleger e deixaram o antigo grupo. Vereadores como Ivo Sousa, Leandro Bezerra e Eduardo Ximenes, estão hoje votando tudo que o prefeito manda e dizendo “amém” para tudo que o prefeito diz, representando assim, não os interesses do povo, mas os interesses do prefeito. Em outros casos como no do vereador Manoel Palácios, que passam a assumir secretarias do governo e abrem vagas para que um suplente do grupo do prefeito possa assumir seu mandato o amordaçamento é o mesmo. Mas o que quero chamar atenção nessa postagem é algo que venho observando e que me fez cair em uma reflexão sobre esses edis que mudaram de lado.

Reflito eu, que como alguns desses vereadores que trocaram de grupo, possuem ainda um vinculo muito forte com lideranças do grupo de oposição, e já quase tendo uma certeza que em uma próxima campanha estes vereadores voltarão ao seu grupo de origem, está acontecendo com estes de forma despercebida um boicote inteligente por parte dos verdadeiros militantes do grupo do prefeito. Percebe-se claramente isso quando ouvimos as duras criticas do porta voz oficial do prefeito, ao secretario Manoel Palácios. 


  • Será que o prefeito já avaliando o declínio de votos que teve vereador Ivo Sousa na ultima eleição, e tendo a consciência que sua mudança declinou ainda mais seu eleitorado, por não ter esse costume de troca de grupo, não estaria já trabalhando para uma pouca popularidade do vereador em um possível retorno a seu antigo grupo? 


  • Será que estas criticas feitas pelo radialista do prefeito ao secretario de esportes Manoel Palácios, não seria uma forma de destruir a imagem de um vereador que possui um eleitorado certo e que já está no seu sexto mandato consecutivo?


  •  Será que Leandro Bezerra estando ao lado do prefeito e proibido de reclamar contra a retirada de água do açude do Bonito, onde prejudica aquele povo que lhe elegeu, não estaria se enfraquecendo politicamente sua reeleição em 2016, onde estará com certeza ao lado de Toinha Carlos, sua tia, que deverá ser uma liderança no grupo de oposição? 


Deixo meus questionamentos em discussão, lamentando profundamente a troca de ideologias desses vereadores que dizem “amém” a tudo que o prefeito faz, sonhando com um dia possuirmos um sistema político diferente, onde cada poder possa trabalhar sem a interferência de um outro. 

Um comentário:

  1. Muito bem colocado Elias Guilherme. O sistema atual de poder político em nosso país é muito fragilizado. Os prefeitos gravitam em torno do governador de cada estado, pois a partir deles é que chegam as verbas do governo federal, que por sua vez precisa do apoio dos deputados federais que precisam estar afinados com os governadores. Nos pequenos municípios, como é o caso de nossa querida Ipu, não é diferente. A chave do cofre está nas mãos do executivo, que depende dos vereadores que deverão aprovar suas contas, para não cair no ficha suja e até mesmo ter verbas bloqueadas em função de possíveis mal feitos. Então é de se esperar que no sistema atual, o vereador que não tiver um acôrdo político com o executivo, não verá um único projeto seu sendo atendido por seus pares e sancionado pelo prefeito. Visando a próxima eleição, só lhe resta apoiar o prefeito, mesmo que diga que não...

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